Assunto polêmico por aqui!

Meu nome é Patrícia Macedo e aqui no Formeipsi eu te ensino tudo que você precisa saber para sua prática clínica.

Sem mais delongas, vamos falar sobre esse assunto.

O CRP de Minas lançou uma cartilha de recomendações (e algumas proibições também) para uso de redes sociais por estudantes de psicologia. Lá em 2022 o Conselho Federal de Psicologia já tinha lançado uma nota técnica sobre o uso Profissional das Redes Sociais. Aqui nessa cartilha o foco é no uso das redes por estudantes.

Eles começam falando que essa cartilha foi criada depois de perceberem a importância das redes sociais e depois que o CRP de MG “passou a receber denúncias de uso inadequado das redes sociais por estudantes, principalmente sobre um possível exercício ilegal da profissão”.

Ela começa com uma introdução sobre as redes sociais, que já é há algum tempo instrumento de trabalho e tal.

Traz o código de ética como referência, mesmo que o estudante ainda não tenha responsabilidade legal de seguir o código, mas é o que vai nortear toda sua prática quando formar.

Fala também sobre o estágio ser a única forma legal de um estudante de psicologia poder exercer a atividade de psicologia. Se não, vai ser exercício ilegal da profissão e (presta atenção nisso!) isso inclui se a pessoa tiver formado, mas ainda não tiver colado grau porque ainda não vai ter os documentos necessários para se registrar no CRP da sua região.

Pontos importante que a cartilha traz, de forma prática: (traz exemplos do Instagram, mas vale para qualquer rede, tá?)

1. Nomeação: 
O perfil não pode ser entendido como uma página de uma pessoa que já formou. Ou seja, não pode usar o termo “psicólogo(a)” e deve-se evitar outros termos que possam confundir ou ficar em aberto “psi”, “psi em formação”. Então, se for estudante deixa claro “ESTUDANTE DE PSICOLOGIA” Além disso, mesmo que já esteja no final da faculdade não pode abrir a agenda antecipadamente, só depois da colação e do registro do conselho que pode anunciar a abertura da agenda.

2. Tipo de conta/perfil:
Se optar por conta profissional, é vedado (proibido) a opção de psicólogo. Então, coloque criador de conteúdo digital, blog pessoal ou empreendedor. (Formou? Tá com a carteirinha do CRP na mão? Aí você muda.)

3. Interação com o público:
Não é adequado oferecer orientações sobre alguma questão da vida pessoal dos seguidores, como um aconselhamento. Inclusive é importante ter cautela no uso de caixinhas de perguntas ou respostas no direct.

4. Conteúdos teóricos:
Se for compartilhar ou produzir conteúdo sobre a Psicologia, é recomendado se basear em referências científicas, inclusive disponibilizando essa informação nas publicações. Cuidado na divulgação ou opinião de assuntos complexos e polêmicos.

5. Estágio:
Cuidado para não expor situações ou pacientes. Mesmo que não tenha identificação do paciente, como depoimentos, etc. Se for postar algo da rotina de atendimento, deixar claro que é estágio (até para não te denunciarem achando que você tá fazendo um exercício ilegal da profissão. Vai só ter dor de cabeça]).

6. Testes e Materiais Privativos:
É vedado, ou seja, proibido, postar fotos de testes, folha de resposta, manual, etc. Falar sobre o uso, aplicação, correção, etc.

7. Venda de materiais (incluindo palestras, cursos, etc.):
Comercializar materiais didáticos sobre psicologia não é proibido, desde que sejam respeitados todos os limites éticos, responsabilidade na produção de conteúdo, e tudo que foi falado até agora. Inclusive deixando claro que é estudante.